MANIFESTO DO PAU BRASIL DE OSWALD DE ANDRADE
Com o advento da estética modernista, esta sendo caracterizada pela Semana de Arte Moderna de 1922. Tal movimento pregava o fim do poderio europeu no tocante a língua portuguesa, e esta teria que emancipar-se e ter autonomia e ser a metáfora do povo brasileiro.
O modernismo pregava a não-linearidade das palavras, ou seja, a sintaxe tão bem rígida não era empregada na estética moderna, a ordem das palavras de forma direta também não. A escolha das palavras e do vocabulário são escolhidas de acordo com a vontade e pena do escritor.
Configura-se, desse modo, que o Manifesto do Pau Brasil, escrito por Oswald de Andrade, durante a primeira fase do Modernismo, cujo escritor, também, pertence a tal fase, foi feito com a finalidade de retratar esse momento moderno. O Manifesto foi publicado em 1924 e tinha como características o primitivismo e o nacionalismo, por isso o nome ser Manifesto do Pau Brasil, uma vez que ele metaforiza a ideia de que o Pau Brasil foi o primeiro produto brasileiro exportado para o Brasil com alto teor de qualidade. E assim deveria ser em todos os aspectos, ou seja, a cultura, a economia, pois as “coisas” brasileiras deveriam ser exportadas e cm elas a sua qualidade.
Mais especificamente falando, uma dessas preciosidades brasileiras que deveria ser exportada seria, portanto, a língua portuguesa. Esta com seu modo peculiar de ser escrita deveria ser divulgada com suas características gerais, no tocante aos seus aspectos estruturais, e nos seus aspectos originais, como por exemplo, demonstrando a fala e escrita do povo brasileiro, daí ter-se a sua originalidade e primitividade.
Concretiza-se, assim, com esta parte do Manifesto que segundo qual “A poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma criança. ” Comenta-se o caráter originário e primitivo da mesma e que possuía, já, a necessidade de ser divulgada em outro país.
A atitude de Oswald de Andrade com a publicação do Manifesto o Pau Brasil foi em consonância com o que representava a estética moderna. Ao se preocupar com o valor da cultura, e consequentemente da língua brasileira, podemos visualizar que Oswald queira que a nossa língua fosse autônoma e reconhecida pelo mundo a fora com características e peculiaridades que lhe é própria, à moda do povo brasileiro.
Podemos afirmar, depois de todo o comentário que, a produção literária e linguística oswaldiana reforça e centraliza as questões iniciadas no começo do século XXI. Pois além de tal produção, as ideias e pensamentos por ele corroborados afirmam a dialética moderna.
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